terça-feira, 9 de agosto de 2011

POR TODA PARTE


No claro de um dia desses
Após uma noite de tormenta
Vai voar sobre a cidade
Visitará o desconhecido
Onde não mais importará idade
Nem a dor de estar ferido
Com o sorriso largo nos lábios
Irá planar o menino

Quando tinha onze anos,
Tivera as asas cortadas
Desde então, seu voo é raso
Nem mesmo sabe o porquê
Vagará por sobre as cabeças
Bastará de estar vestido
E de rosas rotas e ensanguentadas
Forrará seu céu

Eu que tão bem não o conheço
Sei que no dia do seu arremesso
Nenhum apelo de olhos
O privará da sua sina
Não haverá lugar para palavras
E na completa falta de interjeição
Uma brisa breve, silenciosa e perfumada
Invadirá as casas.