quarta-feira, 14 de março de 2012

DA AFLIÇÃO DOS JUSTOS

"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente"
Krishnamurti

Na melhor  das hipóteses
Abstrair ao que ninguém leva a sério.
Não dá para pertencer a todas as tribos.
Não dá para seguir todas as tendências.
Não dá para opinar sobre todos os assuntos.
Nem decifrar todos os mistérios.
Cabe saber:
Dizer quando indignar.
Arder toda vez que inflamar
Gritar toda vez que doer
Comentar, curtir, dar ciência.
As vezes, fingir certa demência
Conscientemente, nunca mentir  
Deitar, foder, dormir...


2 comentários:

Hamilton Hafif disse...

Às vezes, a poesia nasce da urgência em se expressar o que se sente diante do mundo...

Unknown disse...

Poesia sem paixão creio não existir.
Será paixão sem ardor
Será texto ruim de fluir
Não será poesia.
Será "algo assim"

Para a vida passar,
Muitas serão as "peles" a usar.
Para a vida "encarar"
Fruto de raciocínio e observação, nossas opiniões vão borbulhar.
Autêntico, contundente, verdadeiro, polêmico, devasso, angustiante, (Viva Augusto dos Anjos! Viva "o boca do inferno"!) ativista, cidadão...não se iluda, caro amigo...
É de chato que irão te chamar!!

Pois é meu caro, como bem expôs, melhor fingir certa demência e sem perder a linha, para manter a rima, temas sempre a unânime sociedade que de ti se aproxima
Mas, antes mesmo de partir, hei de concordar...
é melhor deitar, foder e dormir.